ANDRÉA AGNUS

Andréa Agnus

My beautiful picture

Nome: Andréa Agnus

Biografia:

Me chamo Andréa Cordeiro e escrevo desde os 11 anos de idade.

Nunca publiquei nada. Tenho apenas como divulgação de poesias um site compartilhado por outros amadores como eu.

Se analisarmos meu currículo, teremos apenas uma consultora comercial. Então vos peço que não se prendam à autora, mas somente à obra. Somente assim estarei em “pé de igualdade” com todos os letrados que participarão desse evento.

Sou mulher, negra, batalhadora, sonhadora, lésbica, desenhista e (falam por aí) também poetisa e contista.

Poesias

Tuas mãos.

Por tuas mãos vejo
Histórias desenhadas em gestos.
De tão fortes e, ao mesmo tempo, delicadas
Inspiram-me doces desejos.

Sonhando em cruzá-las entre meus dedos
Almejando tocá-las em uma vastidão de beijos
Querendo amá-las em gratidão
Por tua existência.

Agarram minh’ alma
Ao retirar do meu corpo
Uma paixão lasciva

Suplico que as estenda
Para que eu possa guia-las
De fora pra dentro
Ao meu íntimo mais secreto.

Chegando em meu ser absoluto
Ao dar-me o mais exaustivo prazer

Prendendo-me suavemente
Em carinhos verdadeiros
Despontarás de mim, lindas mãos,
Todo o amor que posso oferecer.

Paz escura

 

Fez-se inverno.
Não há lamentos pela perda.
O corpo frio, em desalento
O coração, calmo, se cura
Várias batalhas travadas
Sem vitórias ou derrotas
Apenas lições aprendidas
Na dinâmica de vida
Uma esperança me ergue inteira
A passos lentos caminho pra ela
Nesse espaço imenso de mim
Nessa rocha firme que me tornei
Iceberg temido por mim, sou (eu sei)
Raios de sol de um novo amor
Quando virão derreter-me?

Quando me libertei de mim

Eu era como uma artéria entupida
Sedenta de seguir meu fluxo natural.
Mas como me libertar, afinal?
Como fluir na dinâmica de minha vida?

Busquei os caminhos fora das fronteiras
Que me ensinaram a seguir.
Desbravando os novos mares do porvir
Experienciei a forma bruta de romper barreiras.

Assim me vi diante de um conjunto abrasivo
De infinitas possibilidades que se abriam.
Porem, se fosse muito além, cairia (Creiam!)
Em um buraco negro subversivo.

Fundida em um paralelo do espaço-tempo
Me vi vagando em desalento…
Mas depois de toda desconstruída
Analisei a fundo tudo o que pensara ser.
Desse modo, foi opção matar ou morrer
Escolhi as duas como ponto de partida.

 

Agora que matei a mim mesma
Incendiei meu corpo e me fiz em cinzas
Ressurjo altiva, cheia de força e coragem
Não sou mais uma imagem ou um corpo.

Tornei-me a causa e não os efeitos.
Fundida em mim mesma, renasço.
Da liberdade conquistada, sinto o abraço.
Dos sonhos refeitos, sinto o alívio.

Do reencontrar-se percebo o caminho
Uma Fênix altiva que encontrou seu ninho.
Livre, integro-me a minha essência
Seguindo o propósito da própria Existência.

Consigo mesmo

Na dualidade de nossa existência
Lutamos entre o Eu interior e as Formas
Entre o Ser e a Consciência
Buscando transcender para além do bem e do mal.

O que nos resta afinal?
Se ultrapassarmos o Ego
E não dermos forças aos nossos sonhos e ilusões
Rompendo o ciclo de paixões

 

Sair ileso do desencadear de vidas
É um anseio repleto de sofrimento
Observarmos a rota é mais salutar
Do que se digladiar por dentro

 

Consigo mesmo, nos encontramos
Consigo mesmo, nascemos
Unidos a todos pelo Ser Supremo
Que habita dentro de nós…

 

… encontraremos mais que felicidade
Transbordaremos paz
E, desse modo, a Verdade
Não sairá de nós, jamais.

Encanto da tua Lua

Beijos lascivos de volúpia ardente
Toque de almas que se leem no escuro
Gritos sublimes, sussurros indecentes
Prantos que aguardam nosso futuro

Quero-te hoje, não mais que sempre
Desejo-te como se fosse a primeira vez
E nas tuas mãos precisas e quentes
Em luz me faço, eternamente

Olhar-te fixo, enquanto te amo
É expressão viva do meu prazer
Revivo-te em minha mente em libidos insanos
Tendo-te inteira pra me satisfazer

Quanta loucura não te ver ao meu lado
Quando o certo é estar com você
Em noites frias, aquecê-la em meus braços
Em dias quentes, refrescar-me em você

Toca minha nuca ainda molhada
Do amor que te dou sem me cansar
Pois minha existência é senti-la, amada
No doce momento de te beijar

Saudades cortantes apertam-me o peito
Que escondo as lágrimas pra não acordar
A Tristeza que mancharia nosso leito
Momentos de, em ti, me deliciar

Serei pra sempre sua
Não há força que, isso, negue
Nem o encanto da lua
De tua coxa, que me faz entregue

Ao teu corpo companheiro
À tua alma tão próxima a minha
Ao teu sorriso faceiro
À felicidade de viver o que ainda não tinha.